O disjuntor é um dispositivo eletromecânico capaz de seccionar e proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis danos relacionados a sobrecargas elétricas e curtos-circuitos. É errado pensar nele como uma proteção do equipamento, sendo que a sua real função é a proteção dos cabos da instalação. Por isso, devemos sempre dimensioná-lo de acordo com a capacidade da corrente do cabo a ser utilizado, que deve estar de acordo com a corrente consumida pelo equipamento.
Quais os tipos de disjuntores que temos no mercado?
Os dois tipos de disjuntores mais utilizados em instalações de baixa tensão (até 1000 VAC) são os do tipo DIN e tipo NEMA.
Mais do que saber os tipos de disjuntores, precisamos entender que eles possuem tipos de “curvas de ruptura” e que para cada tipo de curva, há uma determinada carga e equipamento.
A curva de ruptura é o tempo em que o disjuntor suporta uma carga acima da corrente nominal, ou seja, superior ao que foi projetado para suportar. Quando se tem um equipamento muito delicado, é necessário que a interrupção do circuito enquanto a corrente passa o limite de funcionamento seja muito rápida para evitar que o equipamento seja danificado.
Disjuntores curva B
A curva de ruptura B determina que um disjuntor tenha uma corrente limite entre 5 e 7 vezes a corrente nominal. Logo, um disjuntor de 15A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 75A e 105A.
Esses disjuntores são usados onde pode ocorrer um curto-circuito com baixa intensidade, normalmente cargas resistivas, em tomadas de uso comum encontradas em residências, nas quais a demanda da corrente de partida do equipamento é baixa.
Curva de ruptura C
Para um disjuntor curva C, estipula-se que sua corrente de ruptura está compreendida entre 5 e 10 vezes a corrente nominal. Sendo assim, um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 50A e 100A.
São usados onde se espera um curto-circuito de intensidade média, no qual a demanda de corrente para partida de equipamentos é mediana, sendo normalmente cargas indutivas, como motores, sistemas de comando e controle, circuitos de iluminação em geral e ligação de bobinas.
Curva D
Já a curva de ruptura D para um disjuntor estipula que sua corrente esteja compreendida entre 10 e 20 vezes a corrente nominal. Então, um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 100A e 200A.
Devem ser usados onde se espera um curto-circuito de intensidade alta, onde a corrente de partida é muito acentuada, como em grandes motores e transformadores.
Contudo, não existem disjuntores de curva A. O motivo? Para que o A da curva não seja confundido com o A de ampere, unidade de corrente elétrica.
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